Nesta terra selvagem de palafitas.
seu cheiro de erva-doce e capim santo me excita
Neste mato escondido agonizo
nos ferrões das ferozes e endiabradas vespas.
Eu não te deixo ilesa.
Eu te aleijo.
Eu não te perdôo.
Eu sei endereço de seu indecente covil.
Por Deus!
Meu amor por ela é desumano
É imenso e colossal,
tal qual o hipótamo de Rhodes.
Preparas um banquete de pipocas aos exus saltitantes das selvas.
esquivam na relva que apodrece ás folhas das terras caídas.
Não há saída nem resolução para este facínora sentimento
Que festejas em dias incalculáveis como os Xavantes guerreiros.
Em todos seus terreiros desce um orixá, que sedento está a tua espera.
É áspera e severa a ternura destes matagais intermináveis.
Que sufocariam a garganta até mesmo do mais valente bandeirante.
Eu tal qual um errante bato a tua oca.
De porta na minha cara recebe-me calada.
Vejo sua pata algemada a uma espada.
Se açoita em penitência por seus pecados.
Leniente, deixo escapar um lépido sorriso.
Desperto tua ira febril e fleumática.
Tento correr, minha asma não permite.
Solta suas perniciosas aranhas em meus cabelos besuntados.
Acabrunhado peço perdão em Tupi-Guarani.
Celebra minha derrota com curare e Frontal
Eu passo Mal nesta terra distante.
Enquanto se afasta de posse da coroa da vitória final.
Praguejo contra ti, mas ainda uso o verbo amar.
E você desaparece nas brumas verde-musgo
deste meu encardido e pomposo penar.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
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5 comentários:
Olha é surpreendente a profundidade poética ligada a natureza das entidades que enriquecem o florescimento das palavras...
C.F.!!!
Lindo...surpreendentemente poético e visceral!!
beijos líricos.
Parabéns!!
Lady Vania.
Sim...nada rasa!!
algumas imagens bem interessantes!!
gosto!
amplexos!
Belíssimo... parabéns!!!
Parabéns, muito poético seu Blog. Abraço
Carmen
www.carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com
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