segunda-feira, 28 de maio de 2007

A CULPA NÃO É SUA, É DE SEUS LINDOS OLHOS.

Sabe,
a gente não escolhe
por quem nosso coração balança.
Ele só balança e pronto.
E bagunça toda nossa vida.
E a gente fica com cara de bobo

Eu não a culpo por balançar meu coração.
Culpo seus lindos olhos
De tão encantadores que eles são.

Culpo sim seu lindo corpo
Que me causa tanto estorvo
e alienação

É culpa exclusiva de seus pequeninos seios
Que me partem ao meio
por desejar-te em frenesi.

Agora culpo suas pernas,
quero me apossar delas.
Atolar-me em suas areias
incandescentes e sutis.

Pensando bem
a culpa é de suas mãos,
que sufocam-me sem me tocar.

Talvez seja culpa de seus cabelos,
do lindo jeito que os deixa sem pentear.

Já sei,
de sua pele é a culpa,
por esta minha labuta.
Esta minha vida agora diminuta
sem os prazeres de sua carne.

Isto é o que sinto por ti.
Uma parcela de culpa,
Outra maior de amor e tesão.

Agora quanto ao que sente por mim.
Sei que fica ressabiada em dizer.
Quer reprimir seus sentimentos.
Mas eu digo: deixe-os viver.
Mostre-os ao mundo
Não importa a resposta.
Todos devem saber.

Se for uma resposta
que corresponde nossa expectativa
é melhor ainda.
Mas mesmo se esta
for de repulsa ou descaso
(no meu caso,
acho que é isso que sente por mim)
Também deve ser dita.
Afinal,
o negar a Cristo três vezes
não foi inventado por ti.

Não a culpo por não me amar
Culpo sim a mim mesmo.
Que não me policiei com zelo
E hoje vago semi-árido
Tentando tocar suas vestes ou seus tornozelos.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

TEMPO, TEMPO

Depois de tanto tempo ausente,
ouvi sua voz enternecida de novo,
descobri-me novamente vivo.
Pôs meu frágil coração em estorvo.

Depois de passada a tempestade e os ventos.
Sua brisa suave me despertou de um modo.
Que só posso continuar vivo.
Que só devo caminhar por esta terra.
Se depois de toda esta espera.
Eu ter você para sempre comigo.

Ser amigo só não basta.
Quero beijos,
amizades,
cócegas
e suas pernas.
Tenho um vazante direito de querer me apossar delas.
Por um medo insólito de elas partirem outra vez.
Uma vez a seu lado, vale por uma vida.
de maneira desinibida,
exijo sem medo de paixão proibida.
Partes incandescentes do corpo seu.


Se Um dia o homem sonhou e chegou a lua.
Porque eu contrito em desejos
não posso vencer meus medos
e chegar a Deus?