quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O DIA EM QUE PERCEBI QUE VOCÊ PARTIU

Ai meu Deus.
Eu me derreto quando seus olhos cruzam os meus.
Eu desfaleço sem saber o que aconteceu.
E quando me dou conta.
Já se passou outra noite,
Foi-se embora outro dia.
E minha agonia ainda não te esqueceu.

E eu fico assim,
meio sem jeito.
Com um pouco de medo,
Cruzo os dedos.
Faço uma prece.
Morro sem pressa.
No olho um hematoma
Na testa uma compressa

Vejo o Mundo em Pedaços lá fora.
Perdido nas horas e nos ventos.
Eu dependurado nesta janela.
Acendo uma vela aos pés dela.
E baixinho digo adeus, adeus...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

AMANHECI MORRENDO DE AMORES

Não guardo rancor em meu peito,
também não escondo nele amor nenhum.
Em um de meus sonhos,
nestas noites sem cabimento algum,
sonhei amar alguém.
Na turva visão dos fins dos dias,
do fim dos tempos,
minha alegria ia além.

Depois da somatória de palavras contundentes,
após o gosto de sangue na boca e o arrancar encefálico dos dentes.
Além de tudo o que suponho,
nos cantos mais escuros de meus sonhos.
Lá naquele finzinho de vida, já não havia mais rancor.

Lá, onde se procurava por um amor,
por um brilho de esmeralda.
Por tanto tempo permaneci ressequida e calada esperando o dia amanhecer.
E nesta manhã de nuvens cinzas,acordei diferente.
Amanheci de pés dormentes
e amando você.