Acredito
que hoje minhas promessas
não são vistas por você
como eram antigamente.
Creio piamente
nas lembranças fotografadas,
debruçadas em meu leito ao anoitecer.
Vejo você feito um santo,
esperando por uma chama de vela.
Meu corpo se derrete em seu maligno altar.
Posso precisar de ajuda,
posso precisar de um médico,
mas meu remédio
só você sabe destilar.
Posso precisar de tudo,
mais precisamente
da soma das partes do corpo seu.
Quero suas idéias, sua alma, seu mundo.
Todas aquelas coisas
que meu espírito imundo perdeu.
terça-feira, 26 de junho de 2007
segunda-feira, 18 de junho de 2007
FOI A QUARTA VEZ QUE LHE VI
Meus olhos se perderam
quando lhe vi pela quarta vez.
Foi imensa à vontade,
de conhece-la há mais tempo.
Estive jogado ao relento
antes de sua santa visão.
Hoje em seus átrios me movo,
caminho, lhe persigo,
como na época da inquisição.
Desmotivado por não vê-la às vezes fico.
Fica comigo, uma vaga lembrança de seu rosto.
Tornei-me alvo seu, presa sua,
entre seus dentes me acomodo.
Em sua ingênua boca,
imagino meu aconchego.
Me deleito em ilações
ao sabor de seus beijos.
É tão linda que nem sei a cor de seus olhos.
Não sei se são claros ou escuros,
sei apenas que neles oscilam minha pouca vida.
Amo cada glóbulo seu como um filho,
quero o poder de ser pai de seus olhos.
Meu coração outrora em crise
hoje só bombeia seu sangue.
A felicidade por vê-la é tão grande,
que perco meu vocabulário.
Em sua frente, sei apenas o abecedário das crianças,
só consigo dizer gu-gú da-dá.
Minhas frases tolas e desconexas
são de autoria de seus olhares que me inibem,
nocauteiam, me tornam menino sem vocábulos.
Torno-me medíocre, frente a sua imaculada beleza.
E sonho algo para nós,
coitadinha de meu anjo,
nem sabe que tenho planos futuros.
Um dia contarei toda a verdade,
mas por enquanto,
o futuro nos espera
e ainda é muito cedo.
quando lhe vi pela quarta vez.
Foi imensa à vontade,
de conhece-la há mais tempo.
Estive jogado ao relento
antes de sua santa visão.
Hoje em seus átrios me movo,
caminho, lhe persigo,
como na época da inquisição.
Desmotivado por não vê-la às vezes fico.
Fica comigo, uma vaga lembrança de seu rosto.
Tornei-me alvo seu, presa sua,
entre seus dentes me acomodo.
Em sua ingênua boca,
imagino meu aconchego.
Me deleito em ilações
ao sabor de seus beijos.
É tão linda que nem sei a cor de seus olhos.
Não sei se são claros ou escuros,
sei apenas que neles oscilam minha pouca vida.
Amo cada glóbulo seu como um filho,
quero o poder de ser pai de seus olhos.
Meu coração outrora em crise
hoje só bombeia seu sangue.
A felicidade por vê-la é tão grande,
que perco meu vocabulário.
Em sua frente, sei apenas o abecedário das crianças,
só consigo dizer gu-gú da-dá.
Minhas frases tolas e desconexas
são de autoria de seus olhares que me inibem,
nocauteiam, me tornam menino sem vocábulos.
Torno-me medíocre, frente a sua imaculada beleza.
E sonho algo para nós,
coitadinha de meu anjo,
nem sabe que tenho planos futuros.
Um dia contarei toda a verdade,
mas por enquanto,
o futuro nos espera
e ainda é muito cedo.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Você pediu
Nesta terra selvagem de palafitas.
seu cheiro de erva-doce e capim santo me excita
Neste mato escondido agonizo
nos ferrões das ferozes e endiabradas vespas.
Eu não te deixo ilesa.
Eu te aleijo.
Eu não te perdôo.
Eu sei endereço de seu indecente covil.
Por Deus!
Meu amor por ela é desumano
É imenso e colossal,
tal qual o hipótamo de Rhodes.
Preparas um banquete de pipocas aos exus saltitantes das selvas.
esquivam na relva que apodrece ás folhas das terras caídas.
Não há saída nem resolução para este facínora sentimento
Que festejas em dias incalculáveis como os Xavantes guerreiros.
Em todos seus terreiros desce um orixá, que sedento está a tua espera.
É áspera e severa a ternura destes matagais intermináveis.
Que sufocariam a garganta até mesmo do mais valente bandeirante.
Eu tal qual um errante bato a tua oca.
De porta na minha cara recebe-me calada.
Vejo sua pata algemada a uma espada.
Se açoita em penitência por seus pecados.
Leniente, deixo escapar um lépido sorriso.
Desperto tua ira febril e fleumática.
Tento correr, minha asma não permite.
Solta suas perniciosas aranhas em meus cabelos besuntados.
Acabrunhado peço perdão em Tupi-Guarani.
Celebra minha derrota com curare e Frontal
Eu passo Mal nesta terra distante.
Enquanto se afasta de posse da coroa da vitória final.
Praguejo contra ti, mas ainda uso o verbo amar.
E você desaparece nas brumas verde-musgo
deste meu encardido e pomposo penar.
seu cheiro de erva-doce e capim santo me excita
Neste mato escondido agonizo
nos ferrões das ferozes e endiabradas vespas.
Eu não te deixo ilesa.
Eu te aleijo.
Eu não te perdôo.
Eu sei endereço de seu indecente covil.
Por Deus!
Meu amor por ela é desumano
É imenso e colossal,
tal qual o hipótamo de Rhodes.
Preparas um banquete de pipocas aos exus saltitantes das selvas.
esquivam na relva que apodrece ás folhas das terras caídas.
Não há saída nem resolução para este facínora sentimento
Que festejas em dias incalculáveis como os Xavantes guerreiros.
Em todos seus terreiros desce um orixá, que sedento está a tua espera.
É áspera e severa a ternura destes matagais intermináveis.
Que sufocariam a garganta até mesmo do mais valente bandeirante.
Eu tal qual um errante bato a tua oca.
De porta na minha cara recebe-me calada.
Vejo sua pata algemada a uma espada.
Se açoita em penitência por seus pecados.
Leniente, deixo escapar um lépido sorriso.
Desperto tua ira febril e fleumática.
Tento correr, minha asma não permite.
Solta suas perniciosas aranhas em meus cabelos besuntados.
Acabrunhado peço perdão em Tupi-Guarani.
Celebra minha derrota com curare e Frontal
Eu passo Mal nesta terra distante.
Enquanto se afasta de posse da coroa da vitória final.
Praguejo contra ti, mas ainda uso o verbo amar.
E você desaparece nas brumas verde-musgo
deste meu encardido e pomposo penar.
terça-feira, 5 de junho de 2007
EMANUEL
Tenho esta espinhosa fé.
É só conhecer um outro santo,
que já vou virando seu devoto.
Noto talvez
que tenho andado diferente.
Tenho vontade de mudar de clima.
Vou para um local um pouco mais frio
para esquentar a alma.
Tenho minhas mãos entrelaçadas.
Meus joelhos tocam o chão,
voltados para a Meca de seu corpo.
Um santuário novo que ainda não adentrei.
Mas creio na providencia divina,
Deus não me deixará na mão.
Meu jejum não será em vão.
Comerei eu de seu forte Maná.
Apenas peço
para guardar em segredo
os milagres que fará a mim.
Eu sou assim mesmo com essas coisas.
Sou mesquinho,
mas não será por este pecado,
que não atravessarei os umbrais do céu.
Se há muitos anos,
em uma manjedoura
nasceu o salvador do mundo.
Não há muito tempo
conheci eu
meu próprio Emanuel.
É só conhecer um outro santo,
que já vou virando seu devoto.
Noto talvez
que tenho andado diferente.
Tenho vontade de mudar de clima.
Vou para um local um pouco mais frio
para esquentar a alma.
Tenho minhas mãos entrelaçadas.
Meus joelhos tocam o chão,
voltados para a Meca de seu corpo.
Um santuário novo que ainda não adentrei.
Mas creio na providencia divina,
Deus não me deixará na mão.
Meu jejum não será em vão.
Comerei eu de seu forte Maná.
Apenas peço
para guardar em segredo
os milagres que fará a mim.
Eu sou assim mesmo com essas coisas.
Sou mesquinho,
mas não será por este pecado,
que não atravessarei os umbrais do céu.
Se há muitos anos,
em uma manjedoura
nasceu o salvador do mundo.
Não há muito tempo
conheci eu
meu próprio Emanuel.
Assinar:
Postagens (Atom)