Brilham dentro de meus olhos,
algumas questões,
a língua...
...pensa em confessar,
mas não sei
em que língua entenderá!
Aparentemente é tão difícil...
mas neste idioma dos cegos,
no linguajar do amor,
na linguagem do cárcere dos dias sem ânimo.
nas tardes chatas dos dias chuvosos
tem sido penoso,
Pois falta a pétala
e o sopro do anjo,
flores,
os arranjos,
o aconchego de um lar.
Controlo minha paciência,
crucifico este todo louco eu,
dramatizo cenas de nossa juventude,
um brinde,
saúde ao que falarei!
Mas hoje não teve jeito,
me roeu o peito e a mordaça
Lavei o rosto.
Recitei um poema de Drummond
e fui te buscar.
Ao me ver
como sempre sorriu,
ensaie baixinho
para não engasgar...
Respirei fundo
esqueci do mundo,
pensei: -Esta é a hora vamos lá!
Peguei-a pela mão
e abaixei minha cabeça...
...uma lágrima caiu
e não tive coragem de contar.
quinta-feira, 29 de março de 2007
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